Você com certeza já ouviu falar das soft skills, termo que está em alta nos mercados de trabalho mundo afora.
As soft skills são competências que estão relacionadas a inteligência emocional, ou seja, habilidades intrinsecamente humanas, subjetivas e difíceis de serem mensuradas. São percebidas ao longo da convivência profissional.
As 5 habilidades comportamentais mais desejadas no mercado, listadas pelo LinkedIn foram:
1 – Criatividade
2 – persuasão
3 – Trabalho colaborativo
4 – Capacidade de adaptação –
5 – Gestão do tempo
Muito se fala dessa busca por profissionais que tenham essas habilidades desenvolvidas, mas a verdade é que o mercado reflete o que as pessoas estão precisando. Clientes, pacientes, consumidores buscam por marcas, empresas e serviços humanizados. Esses serão os grandes diferenciais dos profissionais de sucesso. As novas tecnologias chegam para nos ajudar a resolver problemas de maneira mais rápida, mas jamais serão substituídas pelas características humanas, pelo senso crítico e empatia daqueles que operam essas tecnologias.
Quando falamos dessas habilidades na área da saúde, é válido pontuar que para realizar um bom trabalho não basta ter as competências técnicas necessárias (hard skills), que claro, são fundamentais também, mas é preciso ter auto controle e saber lidar com as diferentes situações que se apresentam. Para isso, desenvolver as soft Skills para atuar na área da saúde é essencial e é o conjunto dessas características que vai estabelecer a identidade do profissional e o seu diferencial perante a percepção dos seus clientes.
Coloco enfoque aqui em 3 habilidades que considero essenciais para quem atua na área da saúde:
Empatia: Uma relação empática envolve a compreensão dos sentimentos, emoções e atitudes a partir da perspectiva do outro. É ter interesse genuíno por escutar o outro sem julgamentos próprios. Pesquisas mostram que quando há empatia no atendimento de saúde os pacientes sentem-se compreendidos nas suas demandas e ficam mais propensos a uma escuta também mais atenta, respondendo positivamente ao seguimento das orientações de saúde. Resultado de uma confiança mútua estabelecida a partir dessa relação.
Comunicação: Em um contexto da saúde, uma falha de comunicação pode significar um prejuízo enorme na qualidade de vida de uma pessoa. Estudos apontam que 70% dos erros de atenção à saúde estão relacionados a comunicação ineficaz. A assertividade na comunicação é determinante para a qualidade e segurança na prestação de cuidados e é essencial para a construção do vínculo e da confiança. As percepções sobre a qualidade do cuidado que o paciente recebe está atrelada às interações entre ele e a equipe de saúde, demonstrando a importância das habilidades comunicativas para a eficácia do tratamento. Falo mais sobre esse tema aqui.
Trabalho colaborativo: Para nós, a colaboração é a soft skill mais importante, é o que norteia nosso propósito de transformar o cuidado em saúde.
A colaboração requer a intenção do profissional em contribuir com o trabalho realizado pelo outro, superando os desafios e fortalecendo uma relação de parceria entre todos os envolvidos. Quando há troca de informações e conhecimentos é possível ter a compreensão do todo, desde o atendimento das demandas e necessidades até o alinhamento de objetivos para o benefício e melhor planejamento do cuidado.
Podemos perceber que essas são habilidades que se complementam. Quando eu atuo de forma empática, eu consigo ter uma escuta mais ativa, melhorando a comunicação com todos os envolvidos e, consequentemente o trabalho em equipe acontece com fluidez, de forma personalizada e centrada no paciente.
Como desenvolver as Soft Skills?
Fazer uma autoavaliação de forma reflexiva é fundamental para compreender as soft skills bem desenvolvidas e presentes no comportamento e aquelas que precisam ser aprimoradas ou até mesmo desenvolvidas. Buscar esse autoconhecimento é o primeiro passo para quem busca aperfeiçoamento.
Outro ponto importante também é ouvir feedbacks das pessoas que você convive, daquelas que você se relaciona no trabalho e de seus clientes.
Ter clareza dos seus objetivos, saber porquê você faz o que você faz e como deseja ser reconhecido traz o entendimento do que é preciso fazer, e a partir disso, reconhecer as habilidades comportamentais que você precisa ter para realizar com sucesso o seu trabalho. Se colocar nessas situações, lidar com essas competências na prática e de maneira reflexiva é a melhor forma de aprimorá-las.
Escrito por:
Nossa founder e fonoaudióloga com experiência de 6 anos no atendimento de crianças com necessidades especiais em formato multidisciplinar, encontrou todas as dores que focamos em resolver quando foi atender em clinica particular, ela é a nossa guia e tem o desafio de fazer a ponte entre a área de desenvolvimento e os usuários finais.