Ouvir ativamente o paciente é uma habilidade essencial para estabelecer uma boa comunicação, compreender suas necessidades e oferecer o melhor tratamento possível. Neste artigo, apresentaremos técnicas práticas para aprimorar a escuta ativa e melhorar sua comunicação com os pacientes. Essas estratégias podem ser aplicadas imediatamente e são valiosas para diversos contextos, desde o ambiente clínico até as relações pessoais.
Crie um ambiente acolhedor:
Ao se comunicar com o paciente, crie um ambiente acolhedor e receptivo. Olhe nos olhos da pessoa e mantenha uma postura aberta. Demonstre interesse genuíno pela história do paciente, chamando-o pelo nome próprio. Evite termos genéricos ou informais que possam parecer desrespeitosos. Essas pequenas atitudes demonstram respeito, atenção e consideração, contribuindo para que o paciente se sinta valorizado e compreendido.
Evite distrações:
Durante a conversa, evite distrações, como celulares ou formulários. Deixe o celular no silencioso e fora de sua visão. Mantenha o contato visual com o paciente, mesmo que precise preencher algum documento. Dessa forma, você demonstra seu comprometimento em ouvir e compreender o paciente, sem interrupções ou desvios de atenção.
Faça perguntas abertas:
Utilize perguntas abertas para estimular a comunicação e permitir que o paciente expresse suas ideias e necessidades com mais clareza. As perguntas abertas não podem ser respondidas apenas com um simples sim ou não, elas convidam o paciente a compartilhar detalhes, sentimentos e experiências de forma livre e espontânea. Essas perguntas são especialmente úteis para pacientes mais reservados ou com dificuldade em se expressar. Exemplos de perguntas abertas incluem: “Como você está se sentindo hoje?”, “Como isso tem afetado sua rotina diária?”, “O que você espera alcançar com o tratamento?”, “Qual é sua maior preocupação em relação a isso?” e “O que você já tentou fazer para lidar com esse problema?”.
Pratique a empatia:
A empatia é a habilidade de se colocar no lugar do outro, compreender seus sentimentos e perspectivas. Ao praticar a empatia, você cria um ambiente acolhedor e estabelece uma conexão mais profunda com o paciente. Preste atenção ao tom de voz e à linguagem corporal, pois eles podem transmitir emoções e significados além das palavras. Adapte sua abordagem de acordo com as necessidades emocionais do paciente, utilizando um tom mais suave e calmo para acalmar alguém que demonstre estar ansioso, por exemplo.
Utilize a técnica de parafrasear:
A técnica de parafrasear consiste em repetir com suas próprias palavras o que o paciente acabou de dizer. Isso demonstra que você está acompanhando sua linha de raciocínio e entendendo suas preocupações. Ao parafrasear, repita as palavras-chave utilizadas pelo paciente, mas evite a repetição literal.
Valorize o silêncio:
O silêncio desempenha um papel poderoso na escuta ativa. Ao fazer uma pergunta ou aguardar uma resposta do paciente, permita-se um momento de silêncio. Isso dá ao paciente tempo para processar seus pensamentos antes de responder ou compartilhar informações importantes. Ao permanecer em silêncio, você transmite a mensagem de que o paciente tem todo o tempo necessário para falar, sem pressão ou julgamento. Mantenha uma atenção plena durante esses momentos, concentrando-se plenamente na interação com o paciente.
Aprimorar a habilidade da escuta ativa é essencial para estabelecer uma comunicação eficaz com os pacientes. Ao aplicar técnicas como criar um ambiente acolhedor, fazer perguntas abertas, praticar a empatia, utilizar a técnica de parafrasear e valorizar o silêncio, você estará construindo uma base sólida para compreender as necessidades dos pacientes, oferecer tratamentos adequados e construir relacionamentos saudáveis. Lembre-se de que essas habilidades também são aplicáveis em outros contextos, tanto pessoais quanto profissionais. Quanto mais você praticar essas técnicas, mais natural elas se tornarão em sua rotina, contribuindo para uma comunicação mais efetiva e empática.
Escrito por:
Nossa founder e fonoaudióloga com experiência de 6 anos no atendimento de crianças com necessidades especiais em formato multidisciplinar, encontrou todas as dores que focamos em resolver quando foi atender em clinica particular, ela é a nossa guia e tem o desafio de fazer a ponte entre a área de desenvolvimento e os usuários finais.